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XMR

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Inicialmente, sete desenvolvedores estavam envolvidos na criação do Monero — sendo que cinco deles decidiram permanecer anônimos. Há rumores de que o XMR também foi inventado pelo Satoshi Nakamoto, o inventor do Bitcoin.

As origens do XMR podem ser rastreadas até o Bytecoin, uma criptomoeda descentralizada focada em privacidade que foi lançada em 2012. Dois anos depois, um membro do fórum Bitcointalk — conhecido apenas como thankfulfortoday — realizou o fork do código base do BCN e o Monero foi criado. Eles sugeriram “mudanças controversas” para o Bytecoin que outros na comunidade discordaram e decidiram resolver isso diretamente.

Acredita-se que centenas de desenvolvedores contribuíram para o XMR ao longo dos anos.

Há várias coisas que tornam o Monero único. Um dos maiores objetivos do projeto é alcançar o maior nível de descentralização possível, o que significa que o usuário não precisa confiar em ninguém na rede.

A privacidade é alcançada através de algumas ferramentas distintas. Considerando que cada Bitcoin em circulação possui seu próprio número de série, o que significa que o uso da criptomoeda pode ser monitorado, XMR é completamente fungível. Por padrão, detalhes sobre o remetente, destinatário e o valor da criptomoeda transferida são ocultos — e os defensores do Monero dizem que isso oferece uma vantagem sobre as moedas de privacidade rivais, como o Zcash, que são “seletivamente transparentes.”

A ofuscação é realizada por meio do uso de assinaturas em anel. Neste caso, as transações passadas são destacadas e escolhidas do blockchain e atuam como distrações, o que significa que os observadores não conseguem determinar quem assinou. Se o Ian estiver enviando 200 XMR para Susan, este montante também pode ser dividido em pedaços aleatórios para adicionar mais um nível de dificuldade.

Para garantir que as transações não serão vinculadas entre si, endereços privados são criados para cada uma das transações e são usados apenas uma vez.

Todas essas características distintas levaram o XMR a ser usado cada vez mais para transações ilícitas, no lugar do Bitcoin — especialmente no mercado da darknet. Governos em todo o mundo, especialmente nos EUA, ofereceram centenas de milhares de dólares para qualquer um que quebrar o código do Monero.

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O Monero é um pouco diferente, já que não houve venda de tokens XMR — e nenhum token foi previamente minerado. No momento da elaboração deste artigo, o suprimento em circulação de XMR é de 17.703.471.

Esta criptomoeda foi projetada para ser resistente a circuitos integrados de aplicação específica, que são normalmente usados para minerar novos Bitcoins. Em teoria, isso significa que pode ser possível minerar XMR usando um computador comum.

No geral, haverá eventualmente um total de 18.4 milhões de XMR em circulação — e é esperado que se atinja esse máximo em 31 de maio de 2022. Após, os mineradores serão incentivados através de “emissões de cauda", com uma pequena quantidade de XMR sendo enviada ao sistema a cada 60 segundos como recompensa. Acredita-se que esta abordagem seja mais eficaz do que depender de taxas de transação.