Harvard ampliou significativamente sua exposição ao Bitcoin via ETF da BlackRock.
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O fundo patrimonial da Universidade Harvard aumentou sua exposição ao Bitcoin em 257% durante o terceiro trimestre, acumulando 6,8 milhões de ações do iShares Bitcoin Trust da BlackRock, agora avaliadas em aproximadamente 443 milhões de dólares. A posição cresceu em relação às 1,9 milhão de ações registradas em junho, tornando o IBIT o maior investimento declarado nos EUA por um fundo patrimonial acadêmico.
O fundo de Bitcoin da BlackRock agora supera as posições de Harvard em Microsoft, Amazon e SPDR Gold Trust, segundo documentos regulatórios enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Embora essa alocação represente uma pequena parte do patrimônio total de Harvard, que soma 56,9 bilhões de dólares, o crescimento sinaliza crescente confiança institucional na criptomoeda como um componente legítimo de portfólio.
A Universidade Emory, com sede em Atlanta, também ampliou sua exposição a ativos digitais por meio de ETFs regulados. A instituição relatou possuir mais de 1 milhão de ações do Bitcoin Mini Trust da Grayscale avaliadas em 52 milhões de dólares em 30 de setembro, um aumento de 91% em relação às 535 mil ações três meses antes. Emory manteve sua posição de 4.450 ações do IBIT inalterada em relação ao trimestre anterior.
Um fundo soberano de Abu Dhabi divulgou uma acumulação substancial de Bitcoin no mesmo período. A Al Warda Investments, administrada pelo Conselho de Investimentos de Abu Dhabi dentro do grupo Mubadala, relatou possuir 7,96 milhões de ações do IBIT avaliadas em 517,6 milhões de dólares. A posição cresceu 230% em relação aos 2,4 milhões de ações detidos no final de junho.
Fundos patrimoniais universitários passaram a ter acesso ao Bitcoin através de estruturas de ETF aprovadas pelos reguladores em janeiro de 2024, eliminando preocupações de custódia e barreiras operacionais que antes impediam alocações institucionais. Esses veículos de investimento regulados permitem que universidades mantenham exposição a ativos digitais por meio de contas de corretagem tradicionais com estruturas de governança já conhecidas. Emory tornou-se a primeira universidade dos EUA a divulgar publicamente participações em ETF de Bitcoin à vista no início deste ano.
Apesar do aumento das posições institucionais, os ETFs de Bitcoin à vista registraram fortes saídas durante a semana encerrada em 14 de novembro. Os 11 fundos listados nos EUA perderam 867 milhões de dólares apenas na quinta-feira, representando a segunda maior retirada diária desde a aprovação. Outros 462 milhões de dólares saíram na sexta-feira, totalizando 1,17 bilhão de dólares em três dias, segundo a Farside Investors.
O Bitcoin iniciou a semana sendo negociado acima de 107 mil dólares antes de cair abaixo de 95 mil dólares no fechamento da sexta-feira. Os registros universitários refletem decisões tomadas no terceiro trimestre, quando o Bitcoin oscilou entre 95 mil e 110 mil dólares. Essas divulgações mostram a convicção institucional de longo prazo nos ativos digitais, apesar da volatilidade de curto prazo e da recente fraqueza do mercado cripto.
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