Banco recomenda alocação de 1%–4% em ativos digitais e libera assessores para discutir ETFs de Bitcoin.
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O Bank of America estabeleceu diretrizes formais recomendando que clientes de gestão de patrimônio aloqueM entre 1% e 4% de seus portfólios em ativos digitais, encerrando restrições que impediam mais de 15.000 assessores de discutir produtos de Bitcoin de forma proativa com clientes.
A partir de 5 de janeiro, o escritório de investimentos do banco fornecerá cobertura para quatro ETFs de Bitcoin à vista da BlackRock, Bitwise, Fidelity e Grayscale. Chris Hyzy, CIO do Private Bank, afirmou que uma alocação modesta pode atender clientes confortáveis com alta volatilidade, enfatizando que o modelo se concentra em veículos regulados e implementação cuidadosa.
A reversão da política elimina barreiras que exigiam que assessores esperassem pedidos explícitos dos clientes antes de discutir exposição a criptomoedas. Isso colocou a rede de consultores à margem durante um período de forte aceleração da demanda institucional por ativos digitais.
As diretrizes alinham o Bank of America a concorrentes que recentemente formalizaram estruturas de alocação de ativos digitais. A Morgan Stanley recomendou entre 2% e 4% em outubro, enquanto a BlackRock defende 1% a 2%, e a Fidelity mantém 2% a 5% com faixas maiores para investidores jovens.
A Vanguard passou a permitir alguns ETFs e fundos mútuos de cripto em sua plataforma dias antes do anúncio do Bank of America, revertendo sua recusa histórica em oferecer produtos ligados ao Bitcoin. O timing sugere movimento coordenado entre grandes instituições financeiras rumo a produtos regulados de criptomoedas.
O Bitcoin caiu cerca de 10% no último ano após forte correção desde a máxima histórica acima de US$ 126.000 alcançada em outubro. Apesar da fraqueza recente, o JPMorgan projetou alvo de US$ 170.000 no mês passado, enquanto analistas do Standard Chartered anteriormente estimaram US$ 200.000 até o fim do ano.
O banco oferecerá acesso por meio das plataformas Merrill, Private Bank e Merrill Edge. Os quatro ETFs incluídos na cobertura são: BITB da Bitwise, FBTC da Fidelity, Bitcoin Mini Trust da Grayscale e IBIT da BlackRock, oferecendo diversas opções reguladas para exposição ao maior ativo digital.
O Bank of America é o segundo maior banco dos EUA, com aproximadamente US$ 2,67 trilhões em ativos consolidados e mais de 3.600 agências. Sua entrada em diretrizes formais de alocação em cripto representa mais um marco na evolução de Wall Street conforme a regulamentação avança e a infraestrutura institucional amadurece.
