Glossário

Tolerância a Falhas Bizantinas (BFT)

Hard

A Tolerância a Falhas Bizantinas (BFT) é a propriedade de um sistema de computador que permite chegar a um consenso, independentemente da falha de alguns de seus componentes.

O que é Tolerância a Falhas Bizantinas (BFT)?

O Problema dos Generais Bizantinos é uma famosa abstração que serve para demonstrar um dos principais problemas da ciência da computação, especialmente no que diz respeito a sistemas de computadores distribuídos (dos quais a criptomoedas é um exemplo).

Imagine vários generais bizantinos acampados em torno de uma cidade inimiga que se comunicam apenas por meio do envio de mensageiros. Eles têm que tomar uma decisão coletiva sobre atacar a cidade ou recuar.

No entanto, alguns dos generais são traidores e podem trabalhar ativamente contra a obtenção de um consenso. É possível criar um sistema que garanta que os generais leais decidam sobre um plano de ação comum, independentemente do conhecimento disponível sobre quais generais são os traidores?

Uma análise completa do problema mostra que tal algoritmo é possível, mas apenas se mais de dois terços dos generais forem leais.

Criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin (BTC) são, em essência, sistemas de computadores distribuídos: suas redes são compostas por nós individuais operados por pessoas ou organizações independentes que competem para processar transações e adicioná-las ao final da blockchain. Com nós separados geograficamente e independentes uns dos outros ou de qualquer autoridade central, é impossível saber com segurança quais nós estão fornecendo informações incorretas sobre as transações — seja de forma maliciosa ou acidental.
Tolerância a Falhas Bizantinas refere-se à propriedade de um sistema de computador distribuído que permite superar esse problema e formar consistentemente um consenso, independentemente do fato de alguns nós discordarem do restante, acidentalmente ou de propósito. Isso pode ser alcançado por meio de soluções técnicas, como o algoritmo proof-of-work do Bitcoin, mas apenas se mais de dois terços dos nós permanecerem leais ao sistema.