As corretoras centralizadas (CEXs) são um tipo de corretora de criptomoedas que opera por uma empresa que a possui de forma centralizada.
As corretoras centralizadas normalmente facilitam as negociações entre os usuários mantendo um livro de ordens: uma coleção de ordens de compra e venda publicadas pelos traders. As ordens são pedidos de compra ou venda de uma certa quantidade de uma determinada
criptomoedas específica a um determinado preço. As CEXs agregam as ordens de seus usuários e então usam softwares especiais para combinar e executar as ordens de compra e venda correspondentes.
Os usuários de CEX na verdade não trocam criptomoedas por moedas
fiat com outros usuários. Ao invés disso, quando eles depositam seus fundos em uma corretora, esta assume a custódia desses ativos e emite uma quantidade correspondente de "reconhecimento de dívida" (IOU) ao trader. A corretora rastreia internamente os "reconhecimentos de dívida" de cada usuário nas negociações e só as converte em moeda real no momento do saque dos fundos.
Em 2020, as CEX eram o modo de operação mais difundido para as corretoras de criptomoedas. A velocidade e a eficiência de custo de processamento de transações em um único lugar fazem delas um local conveniente para os traders e investidores comprarem e venderem criptomoedas.
No entanto, confiar nas CEX como uma entidade central acarreta algumas desvantagens. As corretoras centralizadas não revelam suas operações internas aos usuários, levando a uma falta de transparência que permite práticas maliciosas como
wash trading e manipulação de preço.
O fato delas deterem a custódia dos ativos dos usuários faz de uma corretora centralizada um alvo lucrativo para ataques tanto de dentro quanto de fora da organização: em 2019 mais de US$292 milhões de fundos de clientes foram perdidos apenas nos 13 maiores
hacks de CEX.
Questões técnicas ou ataques coordenados podem levar a CEX a interromper os seus serviços, fazendo com que seus clientes percam oportunidades comerciais. Por fim, as corretoras centralizadas representam um alvo fácil para a censura do governo, permitindo que os reguladores congelem e/ou confisquem fundos dos usuários e a forçar as empresas-mães das corretoras a revelar as informações pessoas de seus clientes.