Os cofundadores do Tendermint — a porta de entrada para o ecossistema Cosmos — foram Jae Kwon, Zarko Milosevic e Ethan Buchman. Embora Kwon ainda conste como arquiteto principal, ele largou o cargo de CEO em 2020. Ele alega ainda fazer parte do projeto, mas que está focado em outras iniciativas.

Ele foi substituído como CEO do Tendermint por Peng Zhong, e todo o conselho de diretoria foi substancialmente renovado. Seus objetivos incluem aprimorar a experiência dos desenvolvedores, criando uma comunidade entusiasmada com o Cosmos e construir recursos educativos para que mais pessoas saibam o que esta rede é capaz de fazer.

Uma das grandes preocupações da indústria das criptomoedas foca nos níveis de fragmentação que há nas redes de blockchain. Existem centenas de redes, mas poucas conseguem se comunicar umas com as outras. O Cosmos busca mudar isso tornando a comunicação possível.

Cosmos é definido como “Blockchain 3.0” — e como mencionamos acima, um grande objetivo é garantir que sua infraestrutura seja simples de usar. Para isso, o kit de desenvolvimento do software do Cosmos é focado em modularidade. Isso permite que uma rede seja fácil de construir usando pedaços de códigos já existentes. No longo prazo, espera-se que como resultado seus aplicativos complexos se tornem simples e diretos de construir.

Outra prioridade é a escalabilidade, o que significa que consideravelmente mais transações podem ser processadas, em comparação com os blockchains antiquados como Bitcoin e Ethereum. Se os blockchains forem alcançar a adoção em massa, eles precisam ser capazes de lidar com a alta demanda, como fazem as empresas de processamento de pagamento existentes ou sites — ou fazer até melhor.

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ATOM possui um fornecimento total muito específico de — 260.906.513 para ser exato. Destes, no momento da elaboração deste artigo, por volta de 203.121.910 estão em circulação. Vale mencionar que essas criptomoedas não são mineradas — na realidade, são obtidas através de staking.

Foram realizadas duas vendas privadas em janeiro de 2017, seguida de uma venda pública em abril do mesmo ano. Isso arrecadou um total de U$16 milhões, o que é o equivalente a algo em torno de U$0,10 por ATOM.

Analisando a distribuição dos tokens, por volta de 80% foi alocado aos investidores, enquanto os 20% restantes foram divididos entre as duas empresas: All In Bits e Interchain Foundation.

Cosmos comparou os tokens ATOM aos ASICs utilizados para minerar Bitcoin. Como explica o parecer técnico escrito pela equipe do Tendermint: “É um pedaço de hardware virtual (capital econômico) que você precisa obter para participar como guardião da rede.”